quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O mapa de cabeça para abaixo


O desafio do Brasil e dos BRICs é manter o crescimento sustentável e usá-lo em benefício da população
Por Sara Manera

Está na ordem do dia: a crise financeira veio para impor mudanças. O mapa mundial vem sofrendo alterações estruturais ao longo do tempo e os fatos emblemáticos destas mudanças são os ataques de 11 de setembro e a crise financeira internacional de 2009. Hoje, países que até então estavam em uma posição na política internacional de pouca representatividade despontam como líderes de grande importância econômica e política.

Onde antes, EUA, União Européia, Japão (e poucos outros) eram os promotores econômicos e influenciadores soberanos de todo o mundo, atualmente são China, Rússia, Índia e Brasil a dar as cartas. São os BRICs que despontam economicamente e conquistam maior representatividade e participação na política mundial.


O desafio do crescimento sustentável - Os olhos do mundo estão voltados para o sul, onde o crescimento econômico é tentador, o mercado consumidor é enorme e ganha poder de compra. O desafio dos BRICs é fazer com que o crescimento econômico se transforme em melhores condições de vida para a população e distribuição de renda.

Para o Brasil, o desafio é manter o crescimento sustentável, fortalecer a economia e dar o salto que permita ao país desenvolver e aproveitar seu potencial humano, seus talentos, seus recursos naturais e garantir uma cidadania ativa da população. Para aproveitar, realmente, as mudanças que estão acontecendo é preciso investimento maciço em educação e infra-estrutura. As reformas, sobretudo a política, são necessárias para que o país se adéqüe e acompanhe o ritmo das mudanças porque a crise também é conceitual, os modelos de produção e consumo anteriores já não funcionam mais.